terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Preparação x Marketing

2014: Aécio Neves planeja programas; Dilma conversa com marqueteiro

Palavras de Aécio Neves: "O governo usa um conceito orçamentário que não tem muito significado econômico. Nesse conceito se inclui até novas dívidas como receitas. As contas públicas são irreais", disse. "Sem essas operações de crédito, os superávits se transformam em déficits." O choque de gestão se mostrou eficaz para establizar as contas. Dilma tenta agora em curto prazo se promover com atuação no governo, porem Aécio Neves demonstra que é necessário ter planejamento.


Dilma e Aécio Neves em 2014: proximidade das eleições já começa a avivar as diferenças nos perfis dos dois principais pré-candidatos
2014 promete trazer um embate entre um candidato com perfil gerencial e articulista – Aécio Neves – e outra – Dilma Rousseff - que não conseguiu provar tecnicamente a veracidade do slogan de “gerente” criado por seus marqueteiros em 2010 e que confirmou sua falta de habilidade política.

E no campo petista, o desastre gerencial destes dois primeiros anos do Governo Dilma Rousseff parece não ter servido de nada para uma mudança de postura. Ao que tudo indica, a presidente e seus partidários continuarão colocando o país e a população brasileira em segundo plano. As movimentações dentro do PT e do governo federal mostram que os próximos passos administrativos se orientarão com o claro objetivo - nada moral - de terminar o atual mandato com vistas a derrotar o PSDB e Aécio Neves em 2014.

Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, desta segunda-feira (21/01), mostra que Dilma Rousseff planeja inflar 2013 com ações pontuais e metas de curto prazo para chegar a 2014 com boas frases eleitorais.
Mas não seria legítimo a presidente Dilma Rousseff estabelecer metas prioritárias para estes dois últimos anos de seu mandato? Óbvio que sim, mas se dois detalhes não desnudassem tanto o objetivo eleitoral – vencer Aécio Neves em 2014 - e marqueteiro deste posicionamento.

O primeiro deles é um questionamento: por que Dilma, “vendida” por seus marqueteiros em 2010 com um exemplo de gestora, não lançou esse plano de metas e resultados logo no início de seu governo? Por que passou dois anos sem propor reformas estruturantes que dependeriam de diálogo com o Congresso Nacional – tributária, política, marco regulatório da mineração etc – e só agora, às vésperas das eleições, resolve colocar a mão na massa?

O segundo fator é explicitado na reportagem do jornal O Estado de S. Paulo e chega até a passar despercebido. Diz a matéria: “até agora houve apenas uma reunião com os ministros...quando Dilma tratou da necessidade do plano estratégico. Antes disso, no entanto, ela conversou com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o marqueteiro João Santana, que será o responsável pela campanha da reeleição”.

Ora, não é preciso dizer mais nada sobre os objetivos de um plano de metas e resultados de um governo em que as primeiras autoridades ouvidas são os marqueteiros de uma possível candidatura à reeleição...


Se o tal plano de metas prioritárias da presidente surtirá algum efeito prático para o bem estar da população brasileira, isso é uma incógnita, na melhor das hipóteses. Porém, o motivo que levou Dilma a movimentar-se, sem o cuidado de esconder o fator “marketing” desta manobra administrativa, ficou evidente: quer números até agora inexistentes em sua administração para confrontar, em 2014, o Choque de Gestão e a capacidade de liderança e diálogo de Aécio Neves.

 
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