quarta-feira, 29 de maio de 2013

Para Aécio, Dilma deve desculpas por postura questionável da Caixa

Aécio Neves criticou a Caixa Econômica Federal, responsável pelo pagamento da Bolsa Família, depois que duas versões diferentes sobre o pagamento antecipado do beneficio foram veiculadas pelo governo. Segundo Aécio, a presidenta Dilma deve desculpas aos brasileiros.

"O presidente da Caixa omitiu a verdade durante toda a semana. Esperamos até uma convocação de rede pública de televisão [por DILMA]. Já que a presidente é tão afeita a essas convocações, que peça desculpas", disse Aécio.


Senador tucano quer que presidente vá à TV explicar pagamento do Bolsa Família
DE BRASÍLIA
O senador tucano Aécio Neves (MG) criticou a Caixa Econômica Federal e exigiu desculpas da presidente Dilma Rousseff sobre as diferentes versões veiculadas pelo governo sobre o pagamento adiantado do Bolsa Família.
Anteontem, o presidente da Caixa, Jorge Hereda, assumiu o erro, pediu desculpas e disse que omitiu a informação correta sobre o adiantamento porque esperava levantamento completo dos fatos.
"O presidente da Caixa omitiu a verdade durante toda a semana. Esperamos até uma convocação de rede pública de televisão [por Dilma]. Já que a presidente é tão afeita a essas convocações, que peça desculpas", disse Aécio.
Em nota aos senadores, a Caixa disse que não há relação entre os tumultos e a antecipação dos pagamentos.
Líderes da oposição na Câmara se encontraram ontem com o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, para pedir agilidade nas apurações sobre a origem dos boatos sobre o fim do benefício.

Homens acham que mulheres tatuadas são mais fáceis

Por mais ridículo que pareça, é essa a impressão que eles têm: mulheres tatuadas topam sexo mais fácil do que as outras.
Foi o que mostrou um estudo da Universidade de Bretagne-Sud, na França. No primeiro teste, algumas mulheres fizeram uma tatuagem provisória e se deitaram na praia. E os pesquisadores, à distância, contaram quantos homens se aproximavam delas. Foram mais de 200 – fizeram mais sucesso do que as mulheres sem tatuagem que estavam pela praia.
Então os pesquisadores quiserem entender os motivos masculinos. Perguntaram a 440 homenssobre algumas mulheres que estavam por ali. A maioria deles achava que as tatuadas topariam mais facilmente um encontro e sexo. E é por isso que eles preferiam assediá-las.
Não é uma grande besteira?
Crédito da foto: flickr.com/acetonic

terça-feira, 28 de maio de 2013

Coletiva do senador Aécio Neves sobre os falecimentos de Roberto Civita e Ruy Mesquita

Aécio Neves: São perdas muito grandes, pelo que ambos representaram para o jornalismo do seu tempo. Mas sou um otimista. Acho que as gerações que os sucederão sabem do papel que têm para o Brasil da importância de termos uma imprensa vigorosa, atualizada. E espero que os veículos possam estar se renovando, porque sem veículos independentes, não existe democracia em nenhuma parte do mundo.

Fonte: Queremos Aécio Neves Presidente

Senador Aécio Neves: coletiva de imprensa
Senador Aécio Neves: coletiva de imprensa


Local: São Paulo

Data: 27-05-13

Sobre o falecimento de Roberto Civita


Roberto Civita foi um dos mais extraordinários homens que conheci. O Brasil perde uma referência do bom jornalismo, corajoso, que não teme dizer a verdade. Perco um amigo muito querido. Tive a oportunidade de, nos últimos anos, conviver muito de perto com Roberto. E, para aqueles que não o conheceram tão bem, digo sem nenhum medo de errar, era um idealista.

Roberto tinha sonhos para o Brasil e acho que o maior deles é que pudéssemos ter um dia uma educação de qualidade, que permitisse ao Brasil mudar de patamar. O que nos aproximou, na verdade, foi nossa experiência de educação em Minas Gerais. Desde o início, ele acompanhou, estimulou e acho que o que poderíamos fazer para homenagear o Roberto, e tantos quanto ele que querem que esse Brasil avance não apenas na propaganda oficial, mas na vida real das pessoas, é cada vez mais qualificarmos os brasileiros para que a gente, de verdade, dê um grande salto de qualidade.

Estou aqui não apenas como ex-governador de Estado, como presidente do PSDB, mas como um amigo da família extremamente consternado com a morte do Roberto, extremamente prematura.

Para o sr., qual lição ele deixou?


Ele era um idealista. Você conversa com o Roberto, ele tinha sonhos para com o Brasil. Ele se emocionava ao falar sobre o que iria fazer daqui a 20, 30, 40 anos. Para ele não existia a linha do tempo. Roberto estava, poucas semanas antes de adoecer e ser internado, no Carnaval, com planos para frente, com planos de revigorar as revistas do grupo, com planos para o Brasil. Ele conseguia ser mais brasileiro que muitos que nasceram em solo brasileiro. Acho que a característica mais marcante dele era a capacidade de sonhar, de acreditar que esse Brasil, um dia, encontraria o caminho do pleno desenvolvimento, onde o Estado fosse indutor do crescimento, e não apenas por políticas de transferência de renda. Ele acreditava no Estado eficiente, no papel do setor privado, mas acreditava, sobretudo, na educação como instrumento de transformação. Isso, essa visão comum que temos, talvez é o que tenha mais nos unido.

O Roberto sempre foi um estimulador das boas caminhadas. Não a minha apenas. Acho que ele sentia que o Brasil precisava ter também na vida pública pessoas sintonizadas com o futuro, e não apenas com o atraso.

É um momento em que a imprensa passa por uma mudança grande. Jornais fechando, redações demitindo jornalistas. O sr. acha que a morte de Roberto Civita e Ruy Mesquita têm um simbolismo nesse momento?

São perdas muito grandes, pelo que ambos representaram para o jornalismo do seu tempo. Mas sou um otimista. Acho que as gerações que os sucederão sabem do papel que têm para o Brasil da importância de termos uma imprensa vigorosa, atualizada. E espero que os veículos possam estar se renovando, porque sem veículos independentes, não existe democracia em nenhuma parte do mundo.



Coluna Aécio Neves Folha

Conheça um pouco mais - Aécio Neves: biografiahttp://queremosaecionevespresidente.blogspot.com.br/2013/01/aecio-neves-biografia.html

Facebook Aécio Neves

Brasileiro de oito anos quer ser o estudante mais “verde” do mundo


Com apenas oito anos, Tiago Petta quer fazer a diferença no planeta. O brasileirinho mora na ilha de Bali, na Indonésia, desde 2011, e estuda na escola eleita a mais sustentável do planeta, a Green School (que está também entre As escolas do futuro, em reportagem da revista Superinteressante publicada no site do Planeta Sustentável). Lá, o desafio diário dos alunos é colocar a mão na massa em prol da sustentabilidade.
Tiago recusa sacolas plásticas, pratica a reciclagem, cria brinquedos com materiais recicláveise doa aqueles com que já não brinca mais. Além disso, ele é o único brasileiro participando de uma competição chamada O Estudante Mais Verde da Terra (The Greenest Student on Earth, traduzido do inglês), com um projeto bastante inspirador: ele quer produzir um vídeo que reúna os bons exemplos do povo balinês, o que está aprendendo na escola e as soluções mundiais para o problema do lixo plástico.
Um bom exemplo que Tiago apresenta no vídeo (veja abaixo, em inglês) é o do balinês Made Gandra, que coleta, recicla, limpa sua comunidade e fornece educação ambiental a cerca de 800 famílias. “Meu sonho é uma Bali limpa, livre de plásticos; com praias, estradas e rios limpos. Para isso, precisamos mudar a percepção das pessoas”, diz o menino.
Curtiu a proposta? Para vencer a competição – e ganhar uma bolsa de estudos de um ano na escola –, Tiago precisa do seu voto. Basta acessar a página do projeto no site da Green School, preencher seu e-mail e clicar no link “vote”. Depois, não se esqueça de confirmar o voto por e-mail!

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Aécio Neves: Mensalão da internet

Na última sexta-feira, neste mesmo espaço, a ex-senadora Marina Silva fez uma corajosa abordagem sobre um tema que impressiona a quem frequenta o mundo das redes sociais. Classificado por ela como "Mensalet" ou "mensalão da internet", trata-se da atuação de uma indústria subterrânea voltada a disseminar calúnias e a tentar destruir reputações.




Ninguém discute os benefícios da internet, que carrega o sonho de um mundo mais plural e democrático. Tamanha transformação exige, porém, um novo senso ético e de responsabilidade compartilhada.

Infelizmente, sob os novos horizontes tornados reais, existe um campo cinzento onde se instalou, no Brasil, um verdadeiro exército especializado em disseminar mentiras e agressões. Fingindo espontaneidade, perfis falsos inundam as áreas de comentários de sites e blogs com palavras-chaves previamente definidas; robôs são usados para induzir pesquisas com o claro objetivo de manipular os sistemas de busca de conteúdo; calúnias são disparadas de forma planejada e replicadas exaustivamente, com a pretensão de parecerem naturais.

Absurdas acusações que jamais serão comprovadas, por serem falsas, são postadas e repostadas diariamente. A vítima pode ser um magistrado, um político ou um cidadão comum. Pode ser um jornalista, uma atriz, não importa. Os objetivos são constranger, forjar suspeições, levantar dúvidas, transformar em verdade a mentira repetida mil vezes.

O mais grave é que esse roteiro se repete para buscar desconstruir a imagem de qualquer um que ouse defender ideias divergentes dos interesses daqueles que mantêm plugada essa verdadeira quadrilha virtual. E, quando alguém recorre à Justiça para se defender de ataques infundados, é acusado de exercer censura, invertendo, assim, as posições. A vítima passa à posição de réu.

Esse tipo de ação covarde é um lado da moeda que, na outra face, tenta controlar a imprensa, impedir a formação de novos partidos, defender a remoção do direito de investigação do Ministério Público e a submissão das decisões do STF à maioria governista no Congresso Nacional.

A boa notícia é que esse movimento, cuja origem e objetivos ficam cada vez mais claros, ganha crescente descrédito, fazendo com que certas vilanias fermentem apenas nas trincheiras dos espaços ocupados, e eventualmente pagos, pela má-fé.

Até porque não é apenas o conteúdo da internet, a mais importante revolução do nosso tempo, que deve permanecer para sempre. A honra das pessoas também deveria.
Liberdades de imprensa, de informação e de opinião são conquistas definitivas da nossa sociedade. Calúnia, injúria e difamação são crimes. E assim devem ser tratados.

Morre Roberto Civita, presidente do Grupo Abril

O editor Roberto Civita, presidente do Grupo Abril e dos conselhos editorial e administrativo da Abril Mídia, morreu na noite deste domingo (26), aos 76 anos, às 21h41, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, devido à falência de múltiplos órgãos, depois de três meses internado para a correção de um aneurisma abdominal. Civita deixa a mulher Maria Antonia, os filhos do primeiro casamento Giancarlo, Roberta e Victor, além de seis netos e enteados.
Civita era leitor da SUPER e gostava muito de comentar nossas reportagens e de sugerir pautas. E sugeria com conhecimento de causa, afinal ele tinha formação científica. Antes de assumir a empresa, ele estudou Física Nuclear na Rice University, no Texas. Formou-se também em jornalismo, economia e sociologia em universidades de ponta dos Estados Unidos.
Leia abaixo a carta ao leitor escrita por ele e publicada na edição de aniversário de 15 anos da SUPER, em setembro de 2002:

Quinze anos de SUPER
Em outubro de 1987, no meio de uma outra “crise”, meu pai Victor Civita lançou a primeira edição da Super com as seguintes palavras: “Nós, da Editora Abril… por acreditarmos tanto no valor da descoberta e da acumulação do conhecimento científico e tecnológico quanto na importância da sua divulgação… estamos apresentando ao público brasileiro uma nova revista mensal”.
Enquanto preparava o lançamento, a equipe que fez a revista passou horas debatendo o nome da nova publicação. Cogitava-se chamá-la de “Muito Interessante”, como sua irmã espanhola Muy Interesante. Mas a revista que imaginávamos tinha que ser mais que “muito interessante”. Tinha que ser “super”.
Nasceu a convicção de que o nome deveria ser “Superinteressante”, pois nenhum outro conseguia transmitir com a mesma clareza o conteúdo e o propósito de uma revista que pretendia abordar uma pauta de assuntos sem limites, cobrindo “desde Física até Pré-História, de Astronomia a Ecologia, de Informática a Psicologia ou Religião”.
Quinze anos depois, constatamos, com enorme satisfação e alegria, que tanto o projeto quanto o nome enfim escolhido “pegaram”, e muito. Hoje, a Super é, de longe, a maior revista brasileira de divulgação técnica e científica, e – surpresa! – a terceira maior revista mensal do país, com uma circulação total que supera os 400 000 exemplares por edição e com mais de 3 milhões de leitores de todas as idades espalhados pelo imenso território nacional. É para comemorar isso que estamos lançando esta edição extra, um presente a todos os públicos da revista pelo sucesso que nos proporcionaram.
Apesar de ainda adolescente, Super já gerou filhotes bonitos e saudáveis, incluindo desde edições especiais sobre os temas mais diversos até a recém-lançada e muito bem- sucedida Mundo Estranho que – em pouco mais de um ano – se firmou como a revista das “perguntas mais instigantes e das respostas mais surpreendentes”.
É um verdadeiro orgulho e prazer para todos nós da Abril constatar que – graças ao brilhante trabalho da jovem e talentosa equipe dirigida por Adriano Silva e Paulo Nogueira – os milhões de leitores de Super têm acesso a uma família de publicações que os mantêm informados com precisão, desafiando a sua imaginação e divertindo inteligentemente.
Conte conosco para continuar fazendo isso durante pelo menos o resto do século!
Roberto Civita


sexta-feira, 24 de maio de 2013

Para Aécio Neves, Bolsa Família não deve ser herança "de pai para filho"

Aécio disse que o PT 'perdeu a capacidade de sonhar' (Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Aécio disse que o PT "perdeu a capacidade de sonhar"

Dentro da estratégia de tentar popularizar a sua imagem, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), possível candidato à presidência em 2014, participou na noite dessa quinta-feira do Programa do Ratinho (SBT). Sentado ao lado do apresentador, o tucano defendeu que o Bolsa Família não seja uma herança de pai para filho. "Não acho justo. É muito pouco para o Brasil o pai deixar de herança para o filho dele o cartão do Bolsa Família. É preciso mais. Temos que qualificar essas pessoas", disse.

Fonte: EM

Ao ser questionado se mudaria o programa, o senador disse que não e que a ideia adotada pelo atual governo nasceu na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). "O Bolsa Família é uma criação nossa. Os programas de transferência de renda foram criados por nós. O programa social do Lula era o Fome Zero, lembra? Tem que ter memória boa porque desapareceu há muito tempo e ninguém mais se lembra", afirmou.


Apesar do tom irônico, disse que Lula era seu "amigo", porque quando o petista foi presidente da República manteve uma boa relação com Minas Gerais, governada na época por Aécio. Questionado pelo apresentador se teria o apoio do ex-governador José Serra numa possível campanha presidencial de 2014, Aécio deu uma resposta de "mineiro".

"Nós sabemos que se nós não estivermos unidos, nada vai adiantar. O Serra é um homem de partido, ele tem enorme responsabilidade com o país. Tenho um respeito enorme por ele. Tenho certeza que ele vai apoiar o candidato do PSDB, qualquer que seja ele". Além de não querer causar polêmica em relação ao nome de Serra, Aécio também elogiou projetos do governador Geraldo Alckmin, como o combate às drogas e a maioridade penal. Também está no radar de Aécio a tentativa de conquistar o eleitorado de São Paulo, maior colégio eleitoral do país
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5 truques da ciência para deixar você mais criativo

Dizem que ser criativo é quase um sinal de desonestidade. Verdade ou não, o fato é quecriatividade deixa sua vida bem mais interessante, principalmente no trabalho. E, se você estiver a fim de despertar seu lado criativo, a ciência dá uma mãozinha e revela alguns truques que dão certo.
1. Felicidade ajuda
Sim, felicidade deixa você mais criativo. Segundo pesquisa divulgada no livro “The Progress Principle: Using Small Wins to Ignite Joy, Engagement, and Creativity at Work”, estar de bom humor aumenta em 50% as chances de ter uma ideia criativa, em comparação com os dias cinzas. Foi assim com os voluntários da pesquisa.
2. Fique sozinhoEsse negócio de brainstorm em turma não adianta nada. A gente já contou por aqui quesolidão ajuda mesmo a aguçar a criatividade – num teste com 200 pessoas, os solitários fizeram desenhos mais inovadores. Agora outra pesquisa parece ter chegado a uma conclusão parecida.Quanto maior o tamanho do grupo, pior o desempenho de cada um: grupos com 9 pessoas geravam ideias mais pobres do que as turmas com 6 pessoas – e todos se saíam pior do que os grupos de 4 pessoas ou menos.
3. Tome um banho quenteÉ pra te deixar relaxado. Quando estamos focados num problema, a gente se preocupa muito em analisar os detalhes. Isso não ajuda a criatividade em nada. Quando a mente relaxa, seu cérebro consegue fazer associações mais distantes, graças ao trabalho do hemisfério direito. Ou seja, você consegue pensar fora da caixinha. “É por isso que muitos insights acontecem durante os banhos quentes, para muitos é o momento mais relaxante do dia”, explica Jonah Lehrer, autor do livro “Imagine: how creativity works”.
4. Passeie ou tire um cochiloPesquisadores da Universidade de Toronto descobriram que fazer alguma atividade habitual, tipo sair para uma caminhadatirar um cochilo ou até lavar louça permite que você, inconscientemente, acesse informações da área periférica do cérebro. Aí surgem ideias criativas. Só não vale ver tevê: os pesquisadores suspeitam que a telinha te deixa tão desligado, com a cabeça vazia, que nem a criatividade tem vez.
5. Beba uma cervejaSim, bêbados têm ideias mais inovadoras. Foi o que perceberam os pesquisadores da Universidade de Illinois. Eles deram um litro de cerveja para 20 homens e deixaram outros 20sem uma gota de álcool, completamente sóbrios. Depois, os 40 voluntários tiveram de fazer alguns testes de criatividade. Cada um recebia três palavras (tipo colher, moeda, brinco) e tinha de acrescentar uma quarta que fizesse sentido no contexto (prata, por exemplo). E adivinhe quem levou a melhor? O pessoal do goró. É que a bebedeira diminui as atividades da memória de trabalho (área onde fica o conhecimento de fácil acesso do cérebro, que te deixa apto a ler e compreender uma frase do início ao fim). Com ela em baixa, sobra espaço para adistração. Aí os bêbados seguiam mais os sinais intuitivos que os sóbrios ignoram.

Senador Aécio Neves, Presidente do PSDB, apresenta Conversa com os Brasileiros

O senador Aécio Neves, presidente do PSDB, apresenta Conversa com os Brasileiros, um espaço para debater as questões mais importantes para o Brasil e para  estimular o diálogo dos seus representantes com os cidadãos por todo o Brasil.

 O portal conta com depoimentos e opiniões de lideranças e filiados do PSDB e terá seus conteúdos disponíveis para compartilhamento das redes sociais e abertos para comentários.




O Conversa com Brasileiros reunirá também impressões, dados e notícias sobre as viagens que o presidente nacional do partido, senador Aécio Neves, fará por todas as regiões do país para discutir os principais problemas vividos pela população, trocando ideias e debatendo propostas para um Brasil melhor.


http://www.conversacombrasileiros.com.br


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quinta-feira, 23 de maio de 2013

Adolescente inventa um supercapacitor que recarrega a bateria do celular em segundos

A estudante Eesha Khare, de dezoito anos, projetou um supercapacitor que é capaz de recarregar a bateria de celulares em apenas 30 segundos. Com o projeto, ela ganhou, na última sexta-feira (17), o prêmio da Feira Internacional de Ciência e Engenharia da Intel no valor de 50 mil dólares. O diferencial da invenção é justamente a aplicação na vida prática. Afinal, quem nunca sofreu com a demora para recarregar o celular, né?
Além de aumentar a velocidade da recarga, o projeto de Khare ainda melhora o desempenho da bateria, que chega a durar até 10 vezes mais do que as baterias usuais. Para o usuário, nada mudaria: o supercapacitor é colocado dentro do telefone.
A aluna vai usar o dinheiro do prêmio para pagar a faculdade e pretende continuar trabalhando em descobertas científicas.


quarta-feira, 22 de maio de 2013

PSDB: Aécio trará mais conteúdo ao debate nacional, diz PT

Aécio Neves: o PSDB fará um claro contraponto aos últimos governos do PT. Principalmente, no que se refere à falta de transparência, a incompetência administrativa e ao descompromisso com promessas feitas no passado.


Fonte: Queremos Aécio Neves Presidente
Senador Aécio Neves, líder do PSDB

Ao assumir o PSDB, Aécio Neves defendeu o legado deixado pelo ex-presidente FHC e recebeu o conhecimento até de alas do PT

A defesa intransigência do legado deixado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso parece ser mesmo uma bandeira do novo presidente nacional do PSDBAécio Neves. Em seu pronunciamento, ele foi coerente com o que tem dito desde que assumiu a cadeira no Senado Federal: buscará a formulação de um projeto de governo baseado na defesa de conquistas históricas do Governo FHC, combinada com as demandas naturais da população.

Aécio Neves deixou claro que o PSDB fará um claro contraponto aos últimos governos do PT. Principalmente, no que se refere à falta de transparência, a incompetência administrativa e ao descompromisso com promessas feitas no passado.

Mas o que mais arrancou elogios na postura do novo presidente nacional do PSDB foi mesmo sua declarada defesa ao legado de FHC, o que não aconteceu nas últimas eleições presidenciais.

Até mesmo expoentes do PT se mostraram elogiosos à estratégia de Aécio Neves. O governador do Rio Grande do Sul e ex-ministro da Justiça, Tarso Genro, foi um deles. Em sua conta no twitter, ele publicou: “Aécio Neves colocando FHC como referência programática coloca o debate nacional nos seus devidos termos: a disputa terá mais conteúdo”.

A defesa do legado de Fernando Henrique vem num momento complicado para o PT e para a presidente Dilma Rousseff, candidata declarada à reeleição. Com a economia estagnada e uma falta de rumo evidente do Ministério da Fazenda, a inflação volta a mostrar a sua cara. Um prato cheio para se lembrar de FHC, responsável pela formulação do Plano Real, quando ainda era ministro no Governo Itamar Franco.

O PT vive uma crise de identidade e para piorar, não consegue emplacar bons números na economia capazes de fazer o debate ideológico ficar em segundo plano. O otimismo evidente após a convenção dos tucanos, no último sábado, serve de alerta para o núcleo duro do PT. Nenhuma estratégia de constrangimento funcionará contra o PSDB liderado por Aécio Neves.




O mundo secreto do inconsciente

Ele ocupa a maior parte do cérebro e controla quase tudo o que fazemos. Mas a ciência já sabe como domá-lo e usar os poderes dele para várias coisas, de guardar senhas a fazer espionagem militar. Conheça as novas descobertas sobre o inconsciente - e veja como elas confirmam a principal teoria de Freud.


Quando tinha pouco mais de cinquenta anos, o médico africano T.N. sofreu dois derrames cerebrais devastadores. Eles destruíram totalmente seu córtex visual, a região do cérebro que nos permite enxergar. T.N. ficou completa e irremediavelmente cego. Mas, ainda no hospital, um grupo de cientistas ingleses decidiu recrutá-lo para um estudo estranho. Colocaram um laptop na frente de T.N. e pediram a ele que identificasse qual figura aparecia na tela, que poderia ser um círculo ou um quadrado. O homem identificou corretamente 50% das figuras - o que é de se esperar num cego, pois esse índice de acerto é o mesmo que se consegue fazendo escolhas aleatoriamente. T.N. estava apenas chutando. Mas aí, num segundo teste, os pesquisadores trocaram as imagens exibidas no laptop. Agora, aparecia uma sequência de rostos, alguns amigáveis e outros hostis. T.N. deveria dizer se cada face era amiga ou inimiga. Para perplexidade geral, ele identificou corretamente dois terços dos rostos. Sorte? Os cientistas repetiram o teste, mas o índice de acerto se mantinha. T.N. estava tendo alguma reação aos rostos. Ele dizia que não estava vendo nada - e, clinicamente, de fato era impossível que enxergasse. Como explicar isso, então? Um fenômeno sobrenatural? Não.

Ser capaz de ler expressões faciais é uma habilidade extremamente importante. Para o homem das cavernas, saber se um indivíduo era amistoso ou hostil poderia significar a diferença entre a vida e a morte. E era preciso fazer isso no ato; não dava tempo de conversar e analisar racionalmente a pessoa para saber se ela era boazinha ou não. Por isso, ao longo da evolução, uma região cerebral se especializou em julgar rostos. Ela se chama área fusiforme e é um pedaço fininho e comprido da parte de baixo do cérebro. Quando você vê uma pessoa pela primeira vez, sua área fusiforme analisa o rosto dela. O processo dura frações de segundo e é inconsciente, ou seja, você não percebe que está acontecendo. Sabe aquela primeira impressão instantânea, que parece puro instinto e sempre temos ao conhecer alguém? É um julgamento feito pela área fusiforme.

No cérebro de T.N., esse pedaço estava intacto. O córtex dele não conseguia processar as imagens enviadas pelos olhos, mas a área fusiforme sim. É por isso que, mesmo estando cego, T.N. ainda conseguia ver rostos. Seu cérebro consciente não enxergava mais nada. Mas o inconsciente dele ainda conseguia ver - e, mais do que ver, julgar os rostos das pessoas.

Há diversos casos como o de T.N., tantos que a ciência até criou um termo para designá-los: blindsight, ou visão cega. Todos seguem o mesmo padrão. Conscientemente, a pessoa está cega - mas partes do cérebro dela ainda conseguem enxergar. A visão cega é apenas uma das demonstrações do poder do inconsciente, que interessa cada vez mais aos cientistas.

Agora, o lado oculto da mente não é apenas um assunto de psicanalistas; ele também virou uma das áreas mais interessantes da neurociência moderna. Essa transformação aconteceu porque as técnicas de mapeamento cerebral finalmente estão permitindo que os cientistas comecem a desbravar o inconsciente - um mundo inexplorado e muito maior que a consciência.

Quão maior? No ano passado, a emissora inglesa BBC fez essa pergunta a sete dos maiores experts do mundo em cérebro e cognição, de quatro grandes universidades (Oxford, Montreal, Columbia e Londres). Cada um deles deu seu palpite - sim, palpite, pois a ciência ainda está longe de ter um catálogo completo dos processos cerebrais. Pelas estimativas dos especialistas, a consciência ocupa no máximo 5% do cérebro. Todo o resto, 95%, é o reino do inconsciente.

CONSCIENTE X INCONSCIENTE
Quando você vê um rosto pela primeira vez, o seu inconsciente decide, em frações de segundo, se aquela pessoa é amiga ou inimiga. É uma habilidade vital para a sobrevivência - e também permitiu que um homem totalmente cego voltasse a enxergar.

Muito do que você faz, o tempo inteiro, é inconsciente. Falar, por exemplo. Você simplesmente pensa no que quer dizer (as ideias), e não precisa selecionar conscientemente as palavras - elas simplesmente aparecem. Isso acontece porque o seu inconsciente trabalha nos bastidores durante o papo, vasculhando o seu vocabulário e abastecendo o consciente para ajudar você a se expressar. Enquanto você escuta outra pessoa falar, acontece algo parecido. Você não precisa analisar e decodificar conscientemente cada palavra do que ela está dizendo - porque o seu inconsciente se encarrega de transformar em ideias os sons que estão saindo da boca dela. Quando você lê um texto, é a mesma coisa: o inconsciente transforma automaticamente os símbolos gráficos (as letras e palavras) da página em ideias, que só então são transmitidas para a sua consciência. É por isso que é tão difícil aprender outro idioma. Quando você começa a falar ou ler textos em outra língua, só usa a consciência - porque o inconsciente ainda não assumiu a tarefa (mais sobre isso daqui a pouco), e você tem de escolher ou analisar as palavras uma por uma. "Falar outro idioma é quase experimentar ser outra pessoa. Precisamos reunir os sentidos usando outra lógica", diz Luiza Surreaux, doutora em estudos da linguagem e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

O inconsciente se encarrega de tudo o que fazemos sem esforço perceptível, como andar na rua ou escovar os dentes. Por causa disso, ele opera em potência máxima o tempo todo - e é uma exceção no organismo. Se você se levantar e sair correndo, por exemplo, os seus músculos vão gastar aproximadamente 100 vezes mais energia do que se você estivesse imóvel (e coração e pulmão também serão mais exigidos). Mas o cérebro é diferente. Quando você faz alguma coisa mentalmente intensa, como jogar xadrez, ele gasta apenas 1% a mais de energia do que se você estivesse olhando para o teto, sem pensar em nada. Isso acontece graças ao inconsciente - que trabalha freneticamente até quando estamos relaxados. "O cérebro é abastecido pelos olhos, ouvidos e outros sentidos, e o inconsciente traduz tudo em imagens e palavras", diz o psicólogo e neurocientista Ran Hassin, professor da Universidade Hebraica de Jerusalém e um dos autores do livro The New Unconscious ("O novo inconsciente", ainda não lançado no Brasil). "Novo inconsciente", aliás, é o termo que os cientistas têm utilizado para definir essa nova abordagem - que propõe uma explicação puramente neurológica para o lado oculto da mente. Mas também confirma a principal ideia de Freud.

LER X VER
Enquanto lê este texto, você vê uma sequência de símbolos: as letras. Mas é o seu inconsciente que dá sentido a elas.

PSICANÁLISE X CIÊNCIA
Sigmund Freud não foi o "descobridor" do inconsciente. Já durante o Iluminismo, no século 18, se discutia a existência dele - entendido como um pedaço da mente dotado de vontades que escapavam ao controle consciente. A contribuição específica (e enorme) de Freud foi transformar uma noção vaga num conjunto de ideias, teorias e técnicas: a psicanálise. Como explica o biógrafo Peter Gay em Freud - Uma Vida para Nosso Tempo (Companhia das Letras, 2012), Freud acreditava que o inconsciente era "uma prisão de segurança máxima" na qual os traumas sofridos na infância ficavam aprisionados, e nisso estaria a raiz das infelicidades humanas.

A neurociência nunca deu muita bola para a psicanálise. Mas os novos estudos sobre inconsciente trazem comprovação para um conceito central dela. Uma experiência liderada pelo psiquiatra Eric Kandel, que ganhou o prêmio Nobel de Medicina de 2000 por estudos sobre neurotransmissores, mostra como o inconsciente pode funcionar como amplificador das emoções. Antes da experiência, os voluntários preencheram questionários que mediam seus níveis de ansiedade. Depois, enquanto seu cérebro era monitorado pelos cientistas, cada voluntário via uma série de rostos com expressões de medo. Foram duas sessões. Na primeira, as fotos passavam bem devagar, com tempo suficiente para o voluntário analisar os detalhes de cada uma. Na segunda, as imagens passavam tão rápido que os voluntários não conseguiam identificar nada - não tinham nem certeza de ter visto um rosto ou qualquer outra coisa. A intenção de Kandel e seus colegas era provocar emoções conscientes e inconscientes. Quando a foto ficava por um bom tempo na tela, o voluntário tinha tempo de perceber conscientemente a expressão de medo da imagem. No outro experimento, era tudo tão rápido que não era possível ter uma reação consciente. Essas imagens rápidas estimulavam diretamente o inconsciente, e provocavam atividade muito alta no núcleo basolateral da amídala cerebral - área ligada às sensações de medo. Já as imagens lentas, que eram interpretadas de forma consciente, não geravam nenhuma atividade nessa área. Quanto mais ansiosa a pessoa era, maior a diferença entre a interpretação consciente e inconsciente da mesma coisa (as imagens). Para Kandel, o estudo é a comprovação neurocientífica de uma teoria central da psicanálise: a interpretação inconsciente de coisas negativas é a fonte de muitas das aflições humanas. Freud tinha razão.
EXPERIÊNCIA X INFLUÊNCIA
Você é o produto das situações que vive. Mas também sofre uma influência que vem de dentro - e é tão potente quanto elas.

O inconsciente pode ser fonte de angústias - e também de algumas injustiças, cujos efeitos são perceptíveis desde a infância. O queridinho do professor, provavelmente, será o aluno com as melhores notas da classe. Não porque ele seja necessariamente o melhor, mas porque os professores acreditam que seja - e acabam atuando inconscientemente a favor dele. Esse fenômeno, que se chama incentivo inconsciente, tem respaldo em diversos estudos científicos. Um dos mais engenhosos (e mais polêmicos também) foi conduzido na década de 1960 por Robert Rosenthal, hoje um octogenário professor de psicologia da Universidade da Califórnia.

Na experiência, os alunos de uma escola americana foram submetidos a uma prova. Rosenthal e sua equipe disseram aos 18 educadores do colégio que se tratava de um teste especial, desenvolvido na Universidade Harvard para analisar o potencial de desenvolvimento de cada criança. Mentira. Era apenas um reles teste de QI, sem nada de especial. O objetivo da lorota era aumentar as expectativas dos professores. Os alunos fizeram a prova, e a grande sacada de Rosenthal veio na hora de anunciar o resultado. Antes mesmo de calcular a pontuação de cada aluno, os pesquisadores escolheram aleatoriamente três a seis crianças de cada série e disseram aos professores que aqueles alunos haviam se destacado e teriam um desempenho extraordinário nos anos seguintes. Era outra mentira.

No final do ano escolar, a equipe de Rosenthal voltou à escola e repetiu o teste. Os alunos que haviam sido falsamente diagnosticados como gênios haviam ganho, em média, 3,8 pontos de QI a mais que os demais. O resultado foi ainda mais surpreendente entre alunos da primeira série: a diferença entre os ungidos e o resto foi de assombrosos 15,4 pontos de QI a mais. Ou seja: as crianças que haviam sido apresentadas como mais inteligentes de fato se tornaram mais inteligentes - porque inconscientemente, sem querer, os professores haviam dado mais atenção e estímulo a elas. "O resultado mais importante desse experimento foi mostrar como a expectativa dos professores faz toda a diferença para o desenvolvimento dos alunos", analisa Rosenthal. É impossível ser completamente justo e imune a esse tipo de influência, mas existe um antídoto eficaz contra as distorções induzidas pelo inconsciente: saber que ele sempre está pronto para nos enganar.

APRENDER SEM SABER
Se, por um lado, é impossível controlar o inconsciente de maneira consciente, é possível influenciá-lo. "Podemos mudá-lo. Ele é tão maleável quanto a consciência, ou talvez mais", afirma o neurologista Ran Hassin. Como se faz isso? Praticando alguma coisa até que ela se torne uma segunda natureza, ou seja, vire um processo automático. Qualquer profissional de elite, seja um pianista profissional, um jogador da seleção brasileira de futebol, um médico-cirurgião ou uma bailarina do Theatro Municipal, depende de anos de prática para chegar ao topo da carreira. Cerca de dez anos de prática - ou 10 mil horas de treino, segundo uma famosa pesquisa do psicólogo Anders Ericsson, da Universidade da Flórida. Ericsson estudou violinistas de uma das melhores escolas de música de Berlim. Eles começaram com cinco anos de idade, todos no mesmo ritmo. Mas, a partir dos oito anos, as horas de ensaio começaram a variar entre os estudantes. Quando chegaram aos 20 anos, os melhores violinistas haviam somado 10 mil horas de treino, enquanto os demais não passavam de 8 mil horas - e os piores da turma tinham apenas 4 mil horas de estudo.
SENTIR X PENSAR
O consciente e o inconsciente reagem de modo diferente à mesma coisa. O primeiro é racional; o segundo, carregado de emoção.

A dedicação trouxe recompensa porque, quando se pratica muito alguma coisa, ela fica gravada num tipo especial de memória: a memória não-declarativa, que faz parte do inconsciente e registra ações e movimentos do corpo. É ela que permite que o violinista consiga tocar bem. Se dependesse apenas do consciente, ele não daria conta de todos os procedimentos envolvidos na tarefa (ler a partitura, equilibrar o instrumento no ombro, posicionar os dedos, mover o arco, respirar e, ainda por cima, tocar de maneira natural e relaxada). E ninguém conseguiria aprender a falar fluentemente um segundo idioma. Em suma: a chave para ensinar uma nova habilidade ao próprio inconsciente é treinar, treinar e treinar. É um processo bem demorado. Mas já existe gente tentando deixá-lo mais rápido.
CRIA X FALA
Você decide o que quer falar, mas não escolhe as palavras que vai usar - o seu inconsciente faz isso por você. Ele pega as suas ideias e cria a sua fala. Quando você está aprendendo outro idioma, isso não acontece: a consciência tem de se virar sozinha.

AS SENHAS INVISÍVEIS
Elas são um problema típico do mundo moderno. Ou você acaba esquecendo as suas, ou escolhe uma bem bobinha e usa pra tudo - até que, por causa disso, alguém acaba invadindo o seu e-mail ou conta bancária. Um grupo de cientistas da Universidade Stanford tem uma solução melhor: senhas ultrassecretas, que ficam armazenadas no inconsciente. Funciona assim. Primeiro, os cientistas pedem a voluntários que joguem um joguinho no qual bolinhas caem, uma de cada vez, em uma das seis colunas que aparecem na tela. O objetivo é apertar o botão do teclado correspondente à posição da bolinha na tela. Se a bolinha cai do lado esquerdo, por exemplo, a pessoa aperta a letra S (porque ela fica bem à esquerda no teclado). A ordem das bolinhas parece aleatória, mas não é. A pessoa não percebe, mas existe uma sequência que se repete de tempos em tempos - cerca de 90 vezes ao longo de 30 minutos, a duração do jogo. Essa sequência é definida pelo computador e é personalizada, ou seja, diferente para cada jogador. Ela é a senha. E, graças à repetição, acaba sendo gravada no inconsciente da pessoa.

Na segunda etapa da experiência, a pessoa joga o joguinho novamente. E as bolinhas vão caindo na tela do mesmo jeito: sua ordem parece aleatória, mas uma sequência específica (a senha) se repete de tempos em tempos. Como as bolinhas caem bem depressa, o jogador erra muitas. Exceto as bolinhas daquela sequência que ficou gravada no inconsciente dele. Sem perceber nem saber o motivo, a pessoa acerta todas. Está digitada a senha. Ela é reconhecida pelo computador, que libera o acesso. Além de ser conveniente (você nunca mais precisará se lembrar de uma senha), a tecnologia é extremamente segura. "O sistema torna praticamente impossível para um assaltante forçar a vítima a revelar sua senha bancária, por exemplo. Porque a senha está no cérebro da pessoa, mas não está acessível conscientemente a ela", explica Hristo Bojinov, um dos criadores da tecnologia.

Segundo ele, o sistema de senhas inconscientes pode chegar ao mercado dentro de três anos, mas ainda precisa ser aperfeiçoado. Por enquanto, ele é inviável para uso cotidiano - porque é preciso jogar o joguinho durante 5 a 10 minutos até que a senha inconsciente seja digitada. Dez minutos é bastante. Mas é bem menos do que as 10 mil horas do exemplo anterior. Ou seja: a nova técnica mostra que é possível inserir informações simples no inconsciente muito mais depressa do que se acreditava.

O Exército americano já percebeu, e está tentando tirar proveito disso. A ideia é ajudar os analistas de imagens aéreas, funcionários do Pentágono que olham as fotos tiradas pelos satélites espiões dos EUA - e dizem quais delas contêm algo relevante (como um reator nuclear ou uma base militar inimiga, por exemplo). É um trabalho cansativo e difícil, pois são milhares de fotos aparentemente iguais, com diferenças minúsculas. Mas o cientista Paul Sajda, da Universidade Columbia, teve a ideia de monitorar o cérebro de um analista enquanto ele olhava essas fotos. O analista vestiu uma touca de eletroencefalograma (EEG), cheia de sensores que medem a atividade elétrica em determinadas regiões do cérebro. Aí Sajda mostrou a ele uma foto relevante, ou seja, na qual se via claramente uma construção suspeita. O eletroencefalograma registrou um pico de atividade cerebral - pois aquela imagem havia despertado a curiosidade do analista. Normal.

Mas aí os pesquisadores resolveram acelerar as coisas, e começaram a exibir dez imagens por segundo. Algumas das fotos eram relevantes, outras não, mas todas passavam rápido demais para que o analista conseguisse prestar atenção em qualquer coisa. Mesmo assim, quando aparecia uma foto relevante, algo incrível acontecia: o eletroencefalograma registrava um pico de atividade no cérebro dele. O analista não conseguia perceber nada de diferente nas imagens, mas o inconsciente dele sim - e estava identificando as fotos que tinham pontos interessantes. De acordo com Sajda, o novo método permite aumentar em até 300 vezes a eficiência da análise de imagens militares. "Os processos inconscientes são capazes de algum tipo de racionalidade, muito mais do que se pensa, e essa racionalidade pode levar a boas decisões", escreve o neurocientista Antonio Damasio no livro E o Cérebro Criou o Homem.

HANS, O CAVALO ESPERTO
O inconsciente não é apenas um depósito de traumas reprimidos e habilidades incríveis. Ele também é especialista em fazer o contrário: colocar tud  o pra fora. O psicólogo Paul Ekman, da Universidade da California, ficou famoso por ter catalogado mais de 10 mil conjuntos de "microexpressões" - expressões faciais que fazemos inconscientemente enquanto conversamos, e que podem revelar nossas verdadeiras emoções. Inclusive se o seu interlocutor for um cavalo.

Em 1904, o alemão Wilhelm von Oster ficou famoso por suas apresentações com Hans - um cavalo que era capaz de "quase tudo, menos falar". Segundo o dono, Hans fazia cálculos matemáticos complexos. Quando perguntavam a raiz quadrada de quatro, o bicho respondia batendo o casco duas vezes no chão. A conexão era tanta que Hans acertava o resultado mesmo quando seu mestre não fazia as perguntas em voz alta - e apenas pensava nelas. Havia quem jurasse de pés juntos que o cavalo lia a mente de Von Oster. A dupla rodou a Alemanha em apresentações fantásticas, e deixou estudiosos debruçados sobre o mistério durante anos. Em 1907, o psicólogo Oskar Pfungst publicou um estudo que solucionava a charada. Hans só acertava os resultados quando seu `entrevistador¿ (no caso, Von Oster) já sabia a resposta certa. Pfungst descobriu um padrão: Von Oster se inclinava levemente para frente quando terminava de propor uma questão. Esse era o sinal. Hans entendia e começava a bater o casco no chão. Quando atingia o número certo de batidas, algum outro movimento do dono denunciava a hora de parar. Von Oster era um charlatão, então? Talvez. Mas muitas outras pessoas, que não sabiam de nada, desafiaram Hans com problemas matemáticos. O cavalo acertou todos. É que elas, sem saber, também coordenavam com movimentos inconscientes as respostas dele. Ou seja: cavalos talvez não saibam fazer contas, mas podem ser capazes de ler o inconsciente alheio com mais precisão do que muito humano.
ROTINA X MUDANÇA
Um estudo neurológico provou que o inconsciente exagera as coisas ruins - e confrontá-lo pode ser a chave para superar angústias.

Ainda não existe uma fórmula que permita controlar o que dizemos de forma inconsciente. Emitimos sinais inconscientes o tempo todo - a ponto de sermos transparentes até para cavalos. É por isso que é tão difícil fingir: todo mundo percebe quando achamos que uma festa está meio chata, por exemplo. Mas não vá culpar o seu inconsciente por isso. Se não fosse ele, você sequer conseguiria dançar e conversar ao mesmo tempo.

Memória subliminar
Como funciona o sistema que permite gravar senhas de computador no inconsciente

1. Você joga um game em que bolinhas caem na tela - e o objetivo é apertar a letra do teclado correspondente à coluna na qual a bolinha está caindo.

2. A ordem das bolinhas parece aleatória, mas não é. Você não percebe, mas existe uma sequência de 30 letras que se repete várias vezes durante o jogo. Ela é a senha - e, de tanto ser repetida, fica gravada no seu inconsciente.

3. Para acessar o computador, você joga novamente o game. Como as bolinhas caem bem rápido, você erra muitas delas - exceto aquela sequência de 30, que o seu inconsciente gravou, e por isso você acerta. A máquina reconhece a senha e libera seu acesso.

Percepção acelerada
Exército dos EUA já sabe usar o poder do inconsciente para turbinar a visão humana

1. O militar veste uma touca de eletroencefalograma (EEG), aparelho que mede as correntes elétricas do cérebro.

2. Uma tela mostra dez imagens por segundo. É rápido demais para que a pessoa tenha qualquer reação consciente.

3. Mas quando aparece uma imagem relevante (mostrando uma base militar inimiga, por exemplo), o inconsciente percebe - e o EEG registra um pico de atividade cerebral.

4. A técnica permite que um analista militar processe até 36 mil imagens por hora - e com três vezes mais precisão do que se estivesse usando a consciência.


PARA SABER MAIS
Subliminal
Leonard Mlodinow. Pantheon Books, 2012.

Em Busca da Memória
Eric Kandel. Companhia das Letras, 2009.