terça-feira, 30 de abril de 2013

Guerra quer lançar Aécio Neves ao Planalto em 2013

O PSDB precisa apresentar ainda este ano aos eleitores seu candidato a presidente da República nas eleições de 2014. Foi o que defendeu ontem o presidente nacional da legenda, deputado federal Sérgio Guerra (PE), em Recife. O Senador Aécio Neves (MG), provável candidato dos tucanos, disse no fim de semana que está pronto para a disputa. O Senador ocupará quase todo o tempo da propaganda gratuita do partido que irá ao ar em rede nacional em maio.


 

"Eu já participei de campanhas para presidente, como a de Geraldo Alckmin [governador de São Paulo], e sei que o desconhecimento é um problema que deve ser resolvido com algum tempo de antecedência", disse Guerra. "Por isso defendo que o partido tenha candidato à Presidência ainda neste ano, pelo menos identificado." 

Aécio é o nome defendido por Guerra, mas o Senador ainda enfrenta resistências de setores do partido, sobretudo em São Paulo onde estão as lideranças de mais destaque. Além disso, tem evitado declarar-se candidato. No fim de semana, no entanto, chegou perto de se apresentar com tal. "Não sei o que o destino me reserva", disse, na convenção estadual do PSDB de Minas Gerais. Mas acrescentou: "Não faltarei ao Brasil se for convocado".

Na convenção nacional do PSDB em maio, Aécio deve assumir o cargo de presidente da legenda. Nos últimos dias, além de viajar o Brasil, o Senador tem se dedicado também a gravar as mensagens que irão ao ar durante o horário de propaganda gratuita em maio ao qual o partido tem direito. 

Diretórios de diversos Estados cederam 50% a 60% de seu programa para Aécio. Alguns, entre os quais o diretório do Rio de Janeiro e do Piauí, cederam 100% de seu tempo para o Senador. 

Ontem, ao defender que o partido defina ainda este ano seu candidato, Guerra disse que o Senador é ainda "pouco conhecido". O tucano lembrou que o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), também tem o mesmo problema de Aécio: ser pouco conhecido nacionalmente. Campos também é cotado à Presidência. 

Guerra elogiou Campos por mostrar-se como oposição ao governo Dilma, apesar de o PSB compor a gestão federal. (MMS, com Folhapress)

Semana Sem Telas: campanha desafia a ficar sete dias sem TVs, tablets, celulares… Você consegue?


Ok, o mundo evoluiu e agora temos acesso 24 horas à informação – seja pela televisão, computador, celular, tablet… A universalização de conteúdo é, sim, muito positiva, mas será que não estamos exagerando e virando reféns de todas essas tecnologias? Essa é a provocação que o Instituto Alana faz aos brasileiros por meio da iniciativa Semana Sem Telas*.
Criada nos EUA, a campanha atravessa as Américas e chega ao Brasil para desafiar a população a passar sete dias, de 29/04 a 05/05, aproveitando seus momentos de lazer longe de TVs, computadores, smartphones, videogames ou qualquer outro eletrônico com tela. (Sim, a ideia é começar hoje! Ainda não está preparado psicologicamente?)
A iniciativa pretende fazer as pessoas refletirem a respeito do estilo de vida que estão levando. Pesquisa realizada pelo Ibope apontou que as crianças brasileiras estão entre as que mais assistem à TV no mundo, com média de mais de cinco horas por dia. Além disso, elas estão entre as que mais ficam conectadas à internet, passando cerca de 17 horas por mês online. Com quem será que elas estão aprendendo?
Para aqueles que já estão em estágio de vício tão avançado que nem fazem ideia de como passar o tempo “sem telas”, o Instituto Alana fez uma lista com 101 sugestões para adultos e crianças. Que tal ler um livro? Correr no parque? Assistir a um pôr-do-sol? Ir ao museu ou teatro? Ou, ainda, fazer aquela limpeza no armário que você está adiando há tempos? Não adianta nem dar a desculpa de que precisa dos eletrônicos para trabalhar, porque a campanha deixa claro: é para abrir mão das telas nos momentos de lazer.
E aí, você se arrisca?
Foto: Johan.V./Creative Commons

segunda-feira, 29 de abril de 2013

“Quem te viu, quem te vê”, artido do senador Aécio Neves



"O PT faltou ao Brasil em vários momentos da nossa história. Tem defendido causas que não atendem aos interesses do país. Mas uma coisa é preciso reconhecer: o PT nunca faltou ao PT"
“O PT faltou ao Brasil em vários momentos da nossa história. Mas uma coisa é preciso reconhecer: o PT nunca faltou ao PT”
Enquanto oposição, o PT se especializou na tática do “quanto pior melhor”, exercitada à exaustão contra os governos que o antecederam.
Fonte: PSDB
É notável a contradição entre aquela postura intransigente –e tantas vezes injusta– e o desapreço ao debate, com resistência à crítica e ao contraditório, depois que assumiu o poder. A esse traço somou-se um viés autoritário latente.
Quem, afinal, imaginaria o PT defendendo o controle da imprensa ou o casuísmo de uma revisão legislativa para impedir a formação de novos partidos e, assim, cassar adversários diretos da futura disputa presidencial?
Quem acreditaria no patrocínio da esdrúxula tentativa de subordinação do STF aos interesses da maioria governista no Congresso? Ou que veria nomes do partido apoiando a tese de limitação do poder investigativo do Ministério Público?
Faço essa reflexão motivado pelo significado dos 30 anos da emenda Dante de Oliveira, que buscava restabelecer as eleições diretas e a democracia no país. Resgatando na memória os momentos que se seguiram à enorme frustração da derrota, constata-se que, para o PT, os interesses do partido estiveram sempre à frente do Brasil e das causas dos brasileiros.
Para quem não se lembra, recusaram-se a apoiar Tancredo Neves no Colégio Eleitoral e expulsaram do partido os parlamentares que, tocados pelo sentimento nacional, votaram com suas consciências no único caminho imediato possível para derrotar o regime de exceção.
Depois, se colocaram contra a nova Constituição e levaram ao limite da deslealdade uma oposição ofensiva contra aquele que é hoje um dos mais prestigiados aliados do governo, o ex-presidente José Sarney.
Faltaram à convocação de Itamar Franco em um momento delicado da vida nacional, após o impeachment de Collor.
No período FHC, opuseram-se a tudo o que era importante ao país –o Plano Real, a Lei de Responsabilidade Fiscal, o tripé da política macroeconômica. Até os primeiros programas de transferência de renda foram criticados como esmolas para aliciar os mais pobres.
Vê-se hoje que o discurso do partido durante anos não refletia suas convicções. Afinal, ao terem a oportunidade de mudar o que combatiam, aliaram-se aos adversários de antes, mantiveram intacta a política econômica herdada, adensaram os programas sociais que criticavam e agora realizam as privatizações que antes denunciavam.
Quem não entende as contradições entre o PT de ontem e o de hoje busca a coerência do partido no lugar errado.
O PT faltou ao Brasil em vários momentos da nossa história. Tem defendido causas que não atendem aos interesses do país. Mas uma coisa é preciso reconhecer: o PT nunca faltou ao PT.


Em melhor início de ano, Nadal está próximo de marca de finais seguidas


Finalista nas seis competições que já disputou no ano, espanhol fica a uma decisão de igualar recorde de 2011. Próximo torneio é Masters de Madri



Quem diria que, depois de passar sete meses longe das competições oficiais por causa da crônica lesão no joelho esquerdo, Rafael Nadal teria um início de temporada tão brilhante? Vivendo o melhor começo de ano da carreira, o Touro Miúra ressurgiu da contusão como uma fênix e, passados seis torneios disputados em 2013,  está perto de igualar um feito que conseguiu nos tempos em que era o número 1 do mundo: chegar a sete finais consecutivas.
As finais consecutivas de Nadal (Foto: arte esporte)
Atual quinto colocado do ranking da ATP, Nadal apresenta nesta temporada uma sequência de seis decisões seguidas, o que já representa o melhor começo de ano dele em toda a carreira. Os quatro títulos (Aberto do Brasil, ATP de Acapulco, Masters 1000 de Indian Wells e ATP de Barcelona) e os dois vice-campeonatos (ATP de Viña del Mar e Masters 1000 de Monte Carlo) deste ano deixam o espanhol a somente uma final de repetir a série entre março e junho de 2011. Na ocasião, o Miúra brigou sete vezes pelo troféu de campeão de forma ininterrupta. Levantou o troféu em Monte Carlo, em Barcelona e em Roland Garros - justamente os três títulos dele naquele ano. Porém, foi derrotado em Indian Wells, no Masters 1000 de Miami, em Madri e em Roma - todas para o atual número 1 do mundo, Novak Djokovic.
Se Nadal está chegando perto da marca, atualmente ele já tem um desempenho relativo melhor que o período de aproximadamente dois anos atrás, pois conquistou quatro títulos em seis finais.
Dono de 275 vitórias e somente 21 derrotas na terra batida, o "Rei do Saibro" ainda tem mais três torneios no piso pela frente. O próximo que ele disputa, porém, não traz tantas boas recordações. Nadal é bicampeão do Masters 1000 de Madri, mas o último título na capital espanhola foi em 2010 (o primeiro foi em 2005). Finalista em 2009 e 2011, o Miúra foi eliminado nas oitavas de final no ano passado.
Nadal terá uma semana de descanso até o Masters de Madri, já que não disputa o ATP de Munique nem o ATP de Oeiras. O torneio espanhol será disputado entre os dias 3 e 12 de maio. Como um dos cabeças de chave, o número 5 do mundo vai entrar direto na segunda rodada.
Rafael Nadal tênis Madri oitavas (Foto: Agência Getty images)Nadal tenta igualar melhor série de finais da carreira no Masters de Madri (Foto: Agência Getty images)

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Reeleição…

Eduardo Campos (PSB), governador de Pernambuco, telefonou ontem para o senador Aécio Neves do PSDB mineiro para dar apoio à sua ideia de apresentar proposta de emenda constitucional acabando com a reeleição e instituindo mandatos de cinco anos para ocupantes de cargos no Executivo. Os dois potenciais candidatos à Presidência concordaram que a mudança seria o início de uma ''boa reforma política'', mas não trataram de detalhes de como será encaminhada.


Abaixo texto de Samy Dana

Na quarta feira 24 de abril o candidato a presidência da república Aécio Neves protocolou a sua intenção em acabar com a reeleição no Brasil e estender de 4 p ara 5 anos o mandato presidencial. Isso pode parecer apenas um assunto político, mas vai muito além…

Reeleição
“Todo político em busca de reeleição é um animal perigoso”… Seres humanos se comportam de acordo com os incentivos que recebem e os políticos não são diferentes. O fato de assumir um mandato com a possibilidade de reeleição altera totalmente, via incentivos, os comportamentos dos políticos.

Por exemplo, hoje em dia no Brasil como um governante assume um primeiro mandato com a possibilidade de reeleição, ele sabe que ao final do último ano do primeiro mandato se sua popularidade estiver alta, ele tem grandes chances de se reeleger.

Quando isso acontece, o governante pode tomar diversas medidas populistas danosas, ou seja, ações que ajudam o curto prazo mas causam grandes danos  para população no médio e longo prazos. Nas palavras de um próprio político a favor dessa nova medida “A reeleição, por sua vez, condiciona a segunda metade do mandato à campanha eleitoral, submetendo o governo e, por extensão, a população, a uma gestão distanciada dos reais interesses do País”.

Um exemplo dessas medidas populistas venenosas seria aumentar o salário mínimo para R$1.000 da noite para o dia. Obviamente isso faria aumentar a popularidade e chance de reeleição. Mas a conta fica para os próximos políticos, claro…

Do ponto de vista político, com a possibilidade de reeleição , um governo possui incentivo para ter um viés inflacionário. Isso acontece pois o aumento de juros para conter a inflação, apesar de ser tecnicamente correto, pode frear a demanda,  aumentar o desemprego e por conseguinte, compromete a popularidade.

Sob a situação descrita, qualquer semelhança com governo (municipal, estadual e federal)  atual não é mera coincidência.

No longo prazo a estabilidade de preços é o que mantém o poder de compra do cidadão e portanto é extremamente saudável para a economia, mas as vésperas de uma reeleição, quem iria querer controlar a inflação às custas de aumentar o desemprego?

Pelo menos do ponto de vista econômico essa nova medida parece alinhar os interesses do governante com os interesses do país, tanto no curto quanto no longo prazo…

Russo toma banho de sol sobre bloco de gelo

O pior do inverno já passou na Sibéria (Rússia). Os moradores dão aos boas-vindas para dias menos gelados. Como Vladimir Samsonov, de 59 anos, que resolveu tomar banho de sol sobre um pequeno bloco de gelo boiando no Rio Yenisei, na cidade de Krasnoyarsk. Mas as temperaturas baíxissimas registradas na Sibéria não assustam Vladimir. Ele faz parte do Cryophil, um clube de nadadores de inverno. Para ele, entrar em águas congeladas é a coisa mais comum do mundo.

Fonte: O Globo



Fotos: Reuters

quinta-feira, 25 de abril de 2013

O vale tudo do PT para vencer Marina e Aécio em 2014

Rolo compressor no Congresso, guerra contra o STF e mensaleiros em ação 

Presidente Dilma Rousseff deixa a população de lado para focar na reeleição de 2014
Dilma Rousseff e PT deixam o país de lado para focar na reeleição de 2014


A pergunta que tomou conta do país é uma só: por que o PT e Dilma Rousseff têm tanto medo de Marina Silva e Aécio Neves em 2014? O questionamento é menos por dúvida e mais por perplexidade frente tamanha violência e imoralidade cometidas pelos petistas para manter a qualquer custo o seu projeto de poder perpétuo. 

Por que o PT está com medo? 


Todos sabem que hoje as forças de oposição ao Governo Dilma Rousseff estão crescendo, exatamente porque estão encontrando respaldo nos desejos da população. E ao seguir para um embate eleitoral com vários adversários, a chance da presidente vencer as eleições no primeiro turno é quase nula. E indo para um segundo turno, Dilma terá de enfrentar um candidato com o apoio dos demais derrotados. 

Esta é a lógica que amedronta o PT. Sabe que Aécio Neves, Marina Silva e até mesmo Eduardo Campos estarão no campo da oposição e unidos num segundo turno das eleições contra Dilma. 

Então qual é a surpresa? 


O que deixa o ambiente contaminado pela perplexidade é a forma como o PT vem fazendo política. Manobra com mão de ferro o Congresso Nacional, tenta intimidar o Supremo Tribunal Federal (STF) e escala seus líderes para irem a público tentar desqualificar as pré-candidaturas de Aécio Neves, Marina e Campo. 

As prioridades da Presidente Dilma Rousseff 


Ao invés de aproveitar a oportunidade de governar o país e obter resultados positivos administrativamente para ser sua vitrine em 2014, a presidenta Dilma Rousseff tem cumprido uma agenda de candidata. Tem deixado de lado questões sérias, como a criminalidade que assola o país e a inflação que consome o salário dos trabalhadores. 

Mensalão do PT 


O ex-ministro e comandante do Mensalão do PT, José Dirceu, é outro que tem usado seu microblog para lançar ilações sobre as costuras políticas visando as eleições do próximo ano. Tem conseguido, já que a mídia ainda o tem como fonte, mesmo após sua condenação como criminoso. 

PT e a Dilma Rousseff podem aprontar ainda mais em 2014 


Tudo isso está sendo feito no primeiro semestre de 2013! Estamos há mais de um ano ainda do embate nas urnas. Se tudo já está sendo feito pelo PT com tanta antecedência, causa ainda mais medo pensar o que ainda farão quando realmente chegar o momento de enfrentar Marina, Campos e Aécio Neves em 2014.

Leia também:

Elio Gaspari: A plataforma petista para a oposição

O STF condenou a 36 anos de prisão, juntos, os os quatro comissários mensaleiros. O partido solidarizou-se com todos e denuncia o que considera uma essência política do julgamento.

Fonte: Noblat

A companheira Rose Noronha, chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo, está indiciada num inquérito da Polícia Federal por tráfico de influência e o repórter Robson Bonin acaba de revelar que em 2010 hospedou-se no palácio Doria Pamphili, um dos mais belos de Roma e sede da Embaixada brasileira.

A Polícia Federal e o Ministério Público, nas últimas semanas, revelaram articulações de um atravessador paulista, Gilberto Silva (pode me chamar de Zé Formiga), usando os nomes de três comissários em suas traficâncias.







Entraram na roda os deputados Cândido Vaccarezza (foto), que ocupou a liderança da bancada de apoio à doutora Dilma até 2012, Arlindo Chinaglia, ex-presidente da Câmara, e José Mentor, cujo irmão é deputado estadual em São Paulo.

O julgamento do STF ainda não acabou, Rose Noronha é apenas uma cidadã indiciada num inquérito e as relações dos comissários com Zé Formiga estão longe de serem provadas.

São três lotes qualitativamente diferentes, mas para a plateia ressoa a frase do deputado André Vargas, vice-presidente da Câmara, rebatendo uma observação do ex-governador gaúcho Olívio Dutra que defendeu a renúncia de José Genoíno ao mandato: “Quando (ele) passou pelos problemas da CPI do Jogo do Bicho, teve a compreensão de todo mundo”.

O problema do PT é a “compreensão”. Tome-se o caso de uma assessora de Vaccarezza, a companheira Denise Cavalcanti. Em julho de 2010 ela ligou para o empreiteiro Olívio Scamatti pedido-lhe emprestado um avião para atender ao deputado.

O doutor está preso. Quando a polícia foi buscá-lo, seu filho mandou a seguinte mensagem a um funcionário de sua empresa: “Luís, apaga tudo, pelo amor de Deus, a Polícia Federal está aqui.” Depois o próprio Scamatti cobrou o apagão da memória de pen drives, um HD externo e um tablet. Vaccarezza informa que demitiu sua assessora. Cadê ela? Até o último dia 19, ocupou um cargo no serviço funerário da prefeitura de São Paulo.

A Quadrilha escondeu bem o queijo!

Neymar, sobre como conquistar os brasileiros: ‘Missão impossível’


Atacante reclama de vaias e afirma que Seleção terá que dar um ‘jeitinho’ para ter torcedores ao lado na Copa das Confederações e na Copa Mundo



Fonte: Globo Esporte


 Vaias; xingamentos; pressão. E gritos de “olé”. Foi com esse panorama que a seleção brasileira deixou o gramado do Mineirão, em Belo Horizonte, logo após o apito final no empate por 2 a 2 com o Chile (veja os gols no vídeo), na noite de quarta-feira. E como conquistar esse “temperamental” torcedor para a Copa das Confederações e para a Copa do Mundo? Na opinião do atacante Neymar, um dos perseguidos pelos mineiros, a tarefa não será das mais fáceis.
- É uma missão impossível. Mas todo filme de missão impossível tem um jeitinho que você consegue. Esperamos estar conquistando o torcedor de alguma forma – disse o atacante, que chegou ao seu 20º gol pela Seleção e ficou na bronca com as vaias da torcida.
- Ninguém gosta disso. Na verdade, não estou nem aí. Em todo lugar que vamos com a Seleção acabamos vaiados. É chato, é triste - reclamou (assista no vídeo acima).
 Mesmo sabendo que o Brasil precisa dar o tal “jeitinho”, Neymar ainda não sabe de fato o caminho para conquistar os torcedores.
- Não sei o que fazer. Ficamos chateados de ser vaiados. Outra seleção veio aqui, e vimos o pessoal gritando olé. Chateia os jogadores. Mas é assim mesmo. O torcedor é assim, e temos que nos acostumar com isso.
 O craque santista aproveitou ainda para explicar como foi o lance em que finalizou mal ao receber uma bola de frente para o goleiro Johnny Herrera, do Chile.
 - Nem coloquei tanta força assim. Comentei com os meus amigos. A bola é leve. Se pegar em cheio nela, ela pode ir longe. E foi o que aconteceu. Se eu cavo, o pessoal ia falar que eu fiz graça. Se eu chuto de uma forma normal, os caras cornetam. Não sei mais o que eu faço (risos) – brincou o jogador.
A convocação final para a Copa das Confederações será divulgada no dia 14 de maio. A delegação da seleção brasileira vai se apresentar no dia 27 do mesmo mês, no Hotel Sheraton, em São Conrado.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Senador Aécio Neves e até mesmo políticos do PT são contra o rolo compressor de Dilma


Para o líder da oposição, senador Aécio Neves do PSDB mineiro, até mesmo os parlamentares do PT são contra o rolo compressor da presidenta Dilma Rousseff

                                                           Senador Aécio Neves


Como líder da oposição brasileira, Aécio mostrou desprendimento pessoal ao sair em defesa de possíveis adversários nas próximas eleições presidenciais. O senador mineiro, mais uma vez, demonstrou sua capacidade de enxergar o país muito acima de seus interesses partidários no momento em que foi a público prestar solidariedade a ex-ministra Marina Silva, a atual vítima do autoritarismo sem limites do PT.

O senador Aécio Neves esteve ao lado da ex-ministra, pré-candidata à Presidência da República, assim como ele, ao denunciar a tentativa do PT de manipular sua bancada no Congresso Nacional para evitar que novos partidos políticos de oposição possam ser criados.
Além de Aécio Neves e Marina Silva, outros líderes do PSDB, PSB, PDT, PPS e PSOL organizaram, no Senado Federal, um movimento em repúdio às novas manobras do governo federal. Uma ação que, inclusive, já encontra respaldo na própria trincheira petista.

A tentativa da presidente Dilma de vencer as próximas eleições a todo custo, inclusive pisando sobre a cabeça de seus companheiros no Legislativo, claramente, causa um constrangimento nos próprios parlamentares petistas. Muitos deles estão pasmos com o afronta de Dilma à democracia brasileira.

O senador Aécio Neves foi enfático até em sair em defesa dos deputados e senadores PT: “vejo que líderes do PT estão constrangidos. O PT, através da força do seu governo, impede até mesmo que seus parlamentares aqui possam expressar aquilo que suas consciências determinam. Vejo enorme constrangimento de democratas que existem em todos os partidos que estão sendo tutelados, levados pela força do governo a mudar de posição”.

A proposta de veto a financiamento e tempo de TV para novos partidos aprovada na Câmara dos Deputados dificilmente passará no Senado Federal. A sensação em Brasília é de que, desta vez, a presidente Dilma e sua claque passaram dos limites. O constrangimento imposto aos próprios petistas até fala mais claramente do que toda a revolta de adversários, como o líder da oposição, Aécio Neves.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) concedeu entrevista coletiva após reunião com ex-ministra Marina Silva e lideranças do PSDB, PMDB, PSB, PDT, PPS e PSOL

Em entrevista, o senador Aécio Neves do PSDB mineiro falou sobre a restrição a novos partidos e a votação do PL 4470/12 no Senado. O senador esteve com Marina Silva que busca a formação de um novo partido REDE. 

Fonte: Queremos Aécio Neves Presidente

Senador Aécio Neves e a ex-ministra Marina Silva

Em entrevista, o senador Aécio Neves fala sobre a restrição a novos partidos e a votação do PL 4470/12 no Senado.


Local: Brasília – DF

Data: 23-04-13


Sobre reunião com lideranças de partidos para discutir projeto que inviabiliza a criação de novos partidos.

Estamos iniciando no Senado, agora, um grande movimento em favor da democracia. Não é razoável que o governo estimule a criação de partidos políticos para lhe dar apoio e impeça, na mesma Legislatura, a criação de outros partidos políticos que têm uma outra visão de país. Na verdade, é o pacote de abril moderno que o governo do PT impõe ao Brasil. Vamos reagir porque não é justo que a população brasileira seja cerceada de opções do nível de Marina Silva, Eduardo Campos e outras que possam surgir legitimamente. O que não aceitamos é o casuísmo do governo federal, o rolo compressor da maioria do governo, que age como se temesse a disputa eleitoral. Na minha avaliação, o que fica de toda essa truculência federal, de toda essa violência para com a democracia, é um receio muito grande do embate eleitoral que está por vir.

Sobre a possibilidade das novas regras valerem a partir de 2015.

É adequada essa proposta. O que não podemos é no mesmo período legislativo termos dois pesos e duas medidas. Quando interessa ao governo, estimula-se a criação de partidos políticos, e quando eles surgem fora do guarda-chuva, da proteção dos cargos do governo federal, eles são impedidos de virem a ser criados. Defendemos que a partir da próxima legislatura existam sim amarras e limites para criação de partidos políticos. Portanto, há um enorme casuísmo. Poderia, não apenas eu, vários senadores da oposição e do governo, com alguns que estavam aqui de partidos que apoiam o governo, não poderia imaginar que o governo do PT chegasse aonde chegou. É uma violência para com a democracia. Não é um movimento da oposição. É um movimento da cidadania. E espero que possamos, no plenário do Senado Federal, não aprovar, rejeitar a proposta de urgência que deve ser apresentada pelo governo do PT.

Sobre posicionamento da bancada do PT na votação das novas regras.

Vamos enfrentar com muita clareza e vejo que líderes do PT estão constrangidos. Ouvimos ontem uma palavra do líder do PT no Senado, que parece que já não é exatamente a de hoje. O PT, através da força do seu governo, impede até mesmo que seus parlamentares aqui possam expressar aquilo que suas consciências determinam. Vejo enorme constrangimento de democratas que existem em todos os partidos que estão sendo tutelados, levados pela força do governo a mudar de posição. Vamos reagir. E repito, isso só demonstra que a presidente da República tem enorme temor em relação a quem vai enfrentar nas próximas eleições.



Saúde: Beber Café pode diminuir risco de depressão


Fonte: Super Interessante

Boa notícia, mas só vale para as mulheres. Pesquisadores da Escola de Saúde Pública de Harvard em Boston descobriram que beber de duas a três xícaras de café por dia pode diminuir em até 15% o risco de depressão em mulheres.
Eles analisaram os dados de um estudo maior, o Nurses’ Health Study, que acompanhou mais de 50 mil mulheres. Entre os anos de 1980 e 2004, todas tiveram de preencher um questionário sobre o consumo diário de cafeína – com que frequência tomavam café, chá ou refrigerante. Por dez anos, os pesquisadores também as acompanharam para saber se alguma havia sido diagnosticada com depressão – e começado a tomar antidepressivos.
Durante todo esse tempo, mais de 2,5 mil mulheres entraram em depressão. Mas quem bebiacafé escapava da doença com mais frequência: as mulheres que bebiam no mínimo quatro xícaras de café por dia tinham 20% menos risco de ficarem deprimidas; já entre aquelas que bebiam de duas a três xícaras o risco diminuía em 15%.
Apesar dos bons resultados, os pesquisadores ainda dizem que outros estudos precisam ser feitos. Afinal, eles não avaliaram a predisposição genéticasituação financeira ou vida pessoalde nenhuma das candidatas.
Boa desculpa pra dar uma pausa no trabalho e tomar um cafezinho, hein?
(Pesquisa aqui)
Crédito da foto: flickr.com/lanuiop

terça-feira, 23 de abril de 2013

Aécio Neves e Homenagem a Joaquim Barbosa

“Estamos homenageando um mineiro que é reconhecido não só no Brasil, mas no mundo todo (...) É uma honra ter o ministro Joaquim Barbosa como conterrâneo”, disse o senador Aécio Neves.

Fonte: Queremos Aécio Neves Presidente


Senador Aécio Neves fala sobre cerimônia da Medalha da Incofidência

senador Aécio Neves (PSDB-MG) concedeu entrevista após participar, neste domingo (21/04), da cerimônia de entrega da Medalha da Inconfidência, que marca a comemoração do Dia de Tiradentes, em Ouro Preto (MG).







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Desenhe a foto de alguém e ganhe uma ilustração sua feita por um estranho

É a proposta de um projeto de arte colaborativo, o Selfless Portraits, que já tem rendido resultados bem divertidos. Pessoas de todo o mundo, desconhecidas entre si, desenham com maior ou menor rigor as fotos de perfil da rede social umas das outras.


Se também você quer entrar na iniciativa, que tenta aproximar cidadãos de todo o mundo e humanizar as relações online, basta entrar no aplicativo e enviar sua foto do Facebook. Mas antes você também precisa escolher a foto de alguém para desenhar.

Os resultados vão pra galeria do site (que tem autênticas relíquias) e pra sua própria página de fotos. Vale fazer quantos quiser.

Fonte: i9
Veja alguns resultados:
SelflessPortraits1
SelflessPortraits2
SelflessPortraits3
SelflessPortraits4
SelflessPortraits5
SelflessPortraits6
SelflessPortraits7
SelflessPortraits8
SelflessPortraits9
SelflessPortraits10
SelflessPortraits11
SelflessPortraits12
SelflessPortraits13
SelflessPortraits14

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Aécio Neves 2014: a democracia de ocasião do governo federal do PT

Senador Aécio Neves 2014: O governo federal do PT é oportunista ao colocar sua base no Congresso para aprovar a toque de caixa uma reforma que se negou a fazer em dez anos


                                               Senador Aécio Neves: líder da oposição

O PT quer impedir que outros candidatos, além de Aécio Neves, se fortaleçam para 2014. E para isso tem feito o uso indiscriminado da máquina pública tanto financeiramente quanto politicamente. É o caso da manobra completamente oportunista de aprovar fatias da reforma política que vão de encontro a seus interesses partidários.

Não passa de um golpe de estado a pressão que o governo federal fez sobre sua base aliada na Câmara dos Deputados para aprovar barreiras que impeçam o fortalecimento de candidaturas como a de Marina Silva, ainda sem partido e do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).

Nada mais justifica a surpreendente rapidez com que o governo federal e o PT se empenharam em aprovar medidas que inibam a criação de novos partidos neste momento. Isso porque a reforma política está na pauta da Agenda Nacional há 10 anos e nunca foi prioridade para os presidentes Lula e Dilma, mesmo tendo ampla maioria no Congresso Nacional durante todo este tempo.

A verdade é que a reforma política tomou a dianteira na lista de preocupações do governo federal exatamente no momento em que pré-candidatos à Presidência da República, como Marina e Campos, começaram a se fortalecer e a ameaçar uma debandada da base aliada da presidente Dilma.

Além de seduzir a base da candidata à reeleição pelo PT, o surgimento de novas candidaturas de oposição sinaliza para o reforço da candidatura de Aécio Neves num eventual segundo turno das eleições contra Dilma. E isso preocupa os líderes petistas.

O ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, se apressou em ir à imprensa blindar a presidente da República da manobra arquitetada no Palácio do Planalto. Tentou trazer para os petistas a bandeira da reforma política. Porém, o que ele não consegue esconder é o teor extramente oportunista desta ação, pois o mesmo PT que tenta barrar a criação do partido de Marina Silva – a Rede – e enfraquecer a fusão do PPS com o PMN é o mesmo PT que apoio o surgimento do PSD de Gilberto Kassab, partido que retirou pares do PSDB e do DEM e hoje faz parte da base aliada ao governo federal.

Ao Governo federal do PT de Dilma e Carvalho não resta mais nenhum traço de moralidade. Farão de tudo para evitar uma corrente oposicionista em 2014, liderada por Aécio Neves.




Como a inflação criou Hitler

De inflação, o Brasil entende. Mesmo assim é difícil até para a gente imaginar o que aconteceu na Alemanha do começo do século 20. Entre 1914 e 1923, os preços lá subiram 143 trilhões por cento. Seria como se um chope de R$ 5 passasse a custar R$ 12 trilhões em 2022. Para ter uma ideia do que isso significa, tenha em mente que há 12 trilhões de segundos, os Neandertais começavam as dar seus primeiros passos (dá 378.552 anos). E o Homo sapiens não estava nem no papel. Nossa espécie existe há 6 trilhões de segundos. Nunca subestime o trilhão.

Fonte: SuperInteressante



Bom, os salários dos alemães também eram trilionários. Mas não adiantava nada. No círculo vicioso da inflação, os preços sempre sobem antes dos salários (numa economia saudável acontece o oposto). Hitler, que tinha 34 anos em 1923 e ainda era só um agitador de rua, discursava contra o absurdo de a Alemanha ter “bilionários miseráveis”. Para o sujeito, a culpa era dos comunistas, dos judeus, dos capitalistas, dos judeus, da frouxidão do governo com os judeus. E dos judeus também.
Suposta imagem de Hitler, em 1914, em meio às comemorações pelo início da Primeira Guerra.
Mas o problema estava no lugar de sempre: na cabeça de quem imprime aquilo que a gente tem na carteira. No caso, os responsáveis pelo Reichsbank, o Banco Central de lá. A Alemanha tinha entrado na Primeira Guerra Mundial e precisava de mais dinheiro circulando para manter a economia viva, já que todo país em conflito precisa aumentar sua produção. O governo, via Reichsbank, injetou grana na praça, concedendo empréstimos a rodo, a juros baixíssimos, de 5% ao ano. Conseguir o dinheiro não era problema para o Banco Central. Era só ligar as impressoras de papel-moeda e mandar ver.
No começo deu certo. O Reichsbank inundou a economia alemã de dinheiro novo, mas a produção respondeu à altura. Ou seja, o governo imprimia papel-moeda para comprar aço a fim de fabricar armas, por exemplo, e as siderúrgicas alemãs produziram quase tanto aço a mais quanto a quantidade de dinheiro extra que foi impressa. Assim deu para segurar as pontas. O resultado foi uma inflação relativamente baixa ao longo da Primeira Guerra, uma média de 14% ao ano entre 1914 e 1918.
Na prática, os preços dobraram entre o começo e o fim da guerra. Era do jogo. O problema foi depois.
Quando o conflito acabou, com a Alemanha derrotada, a capacidade de produção do país foi parar na UTI. Eles tinham perdido 10% da população, 15% do território e todas as suas colônias na África e na Ásia. A extração de carvão caiu 30%; e a de minério de ferro, 75%. Para piorar, os Aliados exigiram 100 mil toneladas de ouro a título de reparação pelos danos da guerra – uma soma que hoje estaria na casa dos trilhões de dólares. Por mais que eles parcelassem, seria dureza – economistas respeitados da época, como o inglês John Maynard Keynes, achavam o valor completamente impagável, mas a imposição foi feita mesmo assim.
Agora a economia estava asfixiada. E o Reichsbank decidiu bombear oxigênio na forma de dinheiro. Continuou com sua política de emprestar a 5% ao ano. Aí voltou aquela equação do mal: pouca produção + muita moeda = inflação fora do controle. Em 1921, tudo estava dez vezes mais caro do que no fim da Primeira Guerra. Mas os salários, que sempre ficam para trás nessas horas, tinham subido nove vezes. O dinheiro comprava 10% menos que antes.
Esse foi o primeiro degrau.
Meses depois, veio o segundo: tudo o que custava 100 dinheiros em 1921 valia 2 mil dinheiros em 1922 – 1.900% de inflação numa paulada só. Desnecessário dizer que a renda da população não acompanhou. De um ano para outro, o poder de compra caiu pela metade. Mas os preços mal tinham começado a aumentar.
Entre a virada do ano e junho de 1923, a inflação foi de quase 1.000% ao mês. O poder de compra começava a se aproximar de zero. Uma piada da época tirava sarro da situação: “Um cara levou um carrinho de mão cheio de dinheiro para comprar pão. Aí chegou um ladrão, jogou o dinheiro fora e fugiu com o carrinho de mão!”.
Os sindicatos exigiram que os salários dos trabalhadores fossem corrigidos pela inflação, para acabar com as perdas. Conseguiram. Mas foi aí que as coisas degringolaram de vez. A correção monetária retroalimentou os aumentos de preços. Todo mundo sabia que todo mundo teria mais dinheiro no fim do mês, então todo mundo tentava aumentar os preços antes de todo mundo.
E todo mundo se dava mal.
No fim de 1923, um pãozinho de 50 gramas saía por 21 bilhões de marcos; uma passagem de bonde, 150 bilhões; um jornal, 200 bilhões. As impressoras do Banco Central trabalhavam 24 horas por dia para atender à demanda por dinheiro. Mas elas não davam conta. Passaram a fazer notas de bilhões de marcos, de centenas de bilhões e até a de 100 mil bilhões. Não adiantou. Então passaram a alugar impressoras particulares, de donos de jornais, por exemplo, para imprimir mais dinheiro.
E nem assim dava.
No dia 25 de outubro de 1923, por exemplo, o Banco Central produziu 120 mil trilhões de marcos em papel-moeda. Mas a demanda do sistema financeiro tinha sido de 1 quintilhão de marcos. O Reichsbank pediu desculpas e prometeu aumentar a tiragem de dinheiro o mais rápido possível.
Mesmo assim, ladrões de carrinhos de mão à parte, vários setores da economia resistiram bem. A indústria automobilística, maior símbolo da economia alemã tanto lá atrás como agora, organizou mais uma edição do Salão do Automóvel de Berlim normalmente, com a Mercedes e a Audi expondo seus modelos novos para 1924, como o bonitão aqui:
Àquela altura, o poder de compra do país tinha caído para 20% do que era antes da Primeira Guerra. Mas, para quem bebia marcos alemães direto da torneira do Reichsbank, aconteceu o oposto. Era só uma elite de empresários com acesso direto aos empréstimos de graça, mas, pelo menos, eles impulsionavam a economia em torno deles – uma desigualdade moralmente injustificável, mas ainda assim melhor para o país do que se não houvesse atividade econômica alguma.
O grupo que mais ganhava entre a elite era o dos exportadores. Do ponto de vista desse pessoal, quanto pior para a moeda, melhor para eles. É aquela lógica do câmbio que a gente acabou de ver. A inflação faz o valor das moedas estrangeiras subir com mais velocidade que os preços internos; e mais importante, numa economia inflacionada, a mera posse de moeda estrangeira costuma ser o melhor investimento. A procura por elas aumenta, e a cotação sobe mais ainda.
Um exemplo claro: entre outubro e novembro de 1923 a média dos preços na Alemanha aumentou 103 vezes. Dez mil por cento, para variar. No mesmo mês, o dólar aumentou 170 vezes. Uma nota de US$ 1,00 pulou de 25 bilhões de marcos para 4,2 trilhões. É aí que a porca torce o rabo: do ponto de vista de quem vivia nos EUA (ou em qualquer outro país com moeda forte), os preços na Alemanha não estavam subindo. Não. Estavam era despencando.
Só essa desvalorização em relação ao dólar que você viu aqui significava que o preço de qualquer produto alemão, do carvão aos Audis e Mercedes da época, tinha caído pela metade em um mês. Aí não tem erro: os estrangeiros vêm comprar mesmo, e os exportadores se dão muito, muito bem. Mas quem não pegou essa bocada não estava nada contente. Entre esses excluídos estavam os 3 mil membros do Partido Nacional-Socialista, também conhecido pela abreviação de Nationalsozialistische: Nazi.
Em novembro de 1923, a gangue dos nazistas invadiu uma choperia em Munique. Havia membros do governo reunidos ali. Os nazistas entraram, colocaram seus revólveres na cara deles, e Hitler subiu na mesa para avisar que estava tomando posse do lugar. Não da cervejaria, mas da Alemanha inteira.
O evento passaria para a história como o Putsch da Cervejaria, o golpe de Estado do chope. Hitler sairia do bar em marcha pelas ruas de Munique como o novo chefe de Estado alemão. E quem não gostasse da ideia que lidasse com seus cupinchas armados.
Hitler já do lado de fora da cervejaria, em 1923
Mas não foi daquela vez. A polícia de Munique lidou com os tais sujeitos armados, matou 16 deles e prendeu Hitler. O problema é que a prisão do líder fortaleceria o partido. Meses depois, os nazistas conseguiriam suas primeiras cadeiras no Parlamento alemão, amealhando 2 milhões de votos. Era o primeiro passo para uma outra tragédia: a pior dos últimos 6 trilhões de segundos.