O governo federal na contramão
O jornal "Financial Times" colocou a empresa colombiana Ecopetrol no topo do ranking das empresas de maior valor de mercado na contramão a Petrobras perdeu 45% do valor ao longo dos últimos três anos, de acordo com a publicação britânica.
Fonte: Queremos Aécio Neves Presidente
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Aécio Neves: "Aparelhamento partidário pode acabar com o Brasil" |
Além do aumento do preço da gasolina, anunciado pelo governo federal, a
Petrobras voltou a entrar em evidência, semana passada, ao perder o
posto de maior empresa da América Latina.
O jornal "Financial Times", um dos mais respeitados no mundo na área
financeira, colocou a colombiana Ecopetrol no topo do ranking das
empresas de maior valor de mercado. As ações da Petrobras perderam 45%
do valor ao longo dos últimos três anos, de acordo com a publicação
britânica.
No decorrer de 2012, com perplexidade, o Brasil foi tomando conhecimento
da existência das graves dificuldades na gestão da estatal, com aumento
das importações, problemas de caixa, desvalorização de seus papéis no
mercado, dentre outros. Houve uma troca brusca no comando da empresa,
para tentar colocá-la nos trilhos novamente.
Há um estudo recente que traz uma síntese digna de nota sobre os males
capazes de corroer a vida de uma companhia pública. Intitulado "Gestão
Estatal: Despolitização e Meritocracia", o trabalho foi realizado pelo
Instituto Acende Brasil para o setor elétrico, mas suas conclusões são
válidas para a Petrobras e outras estatais mal gerenciadas, de uma
maneira geral.
Dentre os entraves descritos na literatura econômica tratados no estudo,
destaca-se a administração inepta: os dirigentes são nomeados pela sua
lealdade aos governantes, desconsiderando-se as qualificações requeridas
para o cargo.
As empresas sofrem também com o uso político que se faz delas. A falta
de disciplina orçamentária pesa muito. Por terem como acionista
majoritário o governo, muitas estatais vivem na expectativa de que
eventuais deficits serão necessariamente cobertos por aportes oficiais. O
processo decisório burocrático, típico da má administração pública,
acaba sendo a cultura dominante, prejudicando a agilidade necessária.
O estudo cita uma estratégia para se bloquear o uso político das
estatais, com uma "blindagem" contra as pressões externas. São medidas
como recrutamento profissional e competitivo de diretores, uso de
indicadores e metas, transparência nos resultados, prestação periódica
de contas e aplicação de incentivos e penalidades por desempenho.
O governo federal está na contramão desses preceitos que poderiam
oxigenar --e muito-- a economia brasileira. De um lado, ocuparam-se as
estatais existentes como se patrimônio do PT fossem. De outro,
aumenta-se o número delas --levantamento divulgado ano passado mostra
que o PT criou mais estatais que todos os governos pós-militares.
Parafraseando um dilema de outrora, a saúva do aparelhamento partidário pode acabar com o Brasil.
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