Fonte: Minas Transparente
A relação do PT com a democracia tem sido ambígua durante sua história. Ao mesmo tempo em que nasceu como um partido voltado para a defesa dos trabalhadores, ao se tornar poder, tem flertado e defendido práticas totalitárias ou de afronta à liberdade de opinião.
Até mesmo na política internacional, o posicionamento do petismo tem caminhado na direção contrária à democracia. Depois da posição conhecida de defesa da censura praticada por Hugo Chávez na Venezuela, vimos, nesse fim de semana, o caso da Argentina, onde o PT defende a intervenção do governo nos meios de comunicação.
O ex-ministro e hoje réu condenado no escândalo do Mensalão do PT, José Dirceu, recentemente, saiu em defensa da presidente Cristina Kirchner na briga que ela vem travando no país para calar os veículos de comunicação.
Dirceu cita a Lei de Meios, uma espécie de mordaça imposta na Argentina com claro fim de desestabilizar os grupos da imprensa que ousam questionar os prós e os contras do Governo Cristina Kirchner.
O governo argentino chegou ao ponto de criar uma espécie de sabotagem oficial contra os jornais que fazem oposição. A lei de controle de venda de papel no país é uma atitude nunca vista na história.
Recentemente, tornou-se público também o plano para que o governo controle a Papel Prensa, empresa que fornece papel a 95% dos jornais argentinos. Hoje, sócio minoritário da empresa, o estado argentino quer passar a controlar 52% das ações da empresa e assim asfixiar os jornais de oposição a partir de sua matéria prima.
É este governo antidemocrático que é defendido pelo PT. O petismo deixou suas bandeiras para flertar com o totalitarismo. Não é à toa que tenta de todas as formas aprovar no Brasil uma lei de controle sobre a imprensa livre.
A censura era um fantasma que parecia estar morto no cenário político do Brasil, mas os posicionamentos do PT quanto à liberdade de imprensa provam que ainda existe neste país um partido político que flerta com o autoritarismo.
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